sábado, 18 de agosto de 2012

Postos de serviço reduzidos e vigilantes sem proteção


As imagens do vídeo do G1/SE mostram claramente que os vigilantes estão totalmente expostos. Nas agências bancárias onde ocorreram os ataques aos vigilantes não existem portas giratórias ou uma guarita para abrigar o vigilante. Um dos vigilantes atacado pelos bandidos estava em um local perto da porta da agência, quase na rua, em meio a muita gente, em um entra e sai que impossibilita antever qualquer situação de risco.
Já passou da hora de os empresários do setor buscar solução para esse aumento do roubo de armas dos vigilantes. No entanto, ficou claro na reportagem que os patrões apresentaram apenas a proposta de que os crimes de roubo de armas sejam investigados em uma operação policial específica.
Em momento algum demonstraram preocupação com a vida dos vigilantes, bancários e clientes,  descaso esse compartilhado pelos banqueiros. A situação é crítica, pois o roubo de armas dos vigilantes significa mais bandidos armados nas ruas contra a população.
Reginaldo Gomes, assessor de imprensa do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe afirmou que o maior problema é o número reduzido de vigilantes nos postos. Na maioria dos bancos, apenas um vigilante por turno, o que o torna um alvo fácil dos ataques, pois não há outro companheiro para lhe dar cobertura em uma situação de risco.
“Na Deso – Companhia de Saneamento de Sergipe, por exemplo, só tem um vigilante por turno para cobrir
uma área imensa, mais de 30 armas já foram roubadas e já tivemos até morte de trabalhador lá”, afirma Reginaldo. Além disso, ele culpa as empresas que só visam o lucro, a conivência dos órgãos e bancos contratantes, e critica os baixos salários pagos aos vigilantes que arriscam a vida e ganham tão pouco.
O assessor informa que tem vigilante cobrindo área de 3 mil metros, sozinho. “São postos de serviço isolados e no caso da Deso, o vigilante tem que tomar conta da água e como está sozinho pode ser rendido e algum louco até envenenar a água e matar toda a população de Aracajú”, informa. “Olha o tamanho da responsabilidade nesses postos de serviço e maior ainda é o descaso  dos empresários e autoridades”, desabafa.
Fonte: CNTV

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